22.12.07

O Canto do Cisne!! [ou Do Ocaso]

Talvez soe pretensioso o título desta minha derradeira postagem aqui, mas não foi a minha intenção; só coloquei-o por representar bem o que está sendo para mim estas últimas linhas num espaço em que já não mais cuidava como deveria! :((

Nem tudo é definitivo em nossa vida! Ou melhor dizendo: para mim algumas coisas são definitivas em determinados momentos do nosso viver, mas elas podem ser modificadas com o correr da marcha do inexorável tempo [???]

Escrevi muitas coisas que quis; mas deixei um número bem maior de coisas sem ser "ditas" aqui! De qualquer sorte, serviu-me muito para registrar alguns dos momentos da minha vida, das minhas opiniões; foi útil para compartilhar gostos!

Sem muitas delongas vou para os objetos principais desta postagem, que são os conteúdos de dois perfis que gostei muito! Já li outros que gostei bastante, mas estes dois merecem destaque grande para mim.

O primeiro deles é o reflexo das experiências pessoais de uma pessoa ávida por viver, ainda que sofra algumas limitações externas: família, certa [não muita, é bem verdade] preocupação com opiniões de uma sociedade ainda retrógrada e machista [claro que ninguém aqui está falando em jogar todos os valores pelo ralo]. Bel, valeu pelo ótimo e estimulador perfil. Segue-o, na íntegra:

"Busquei por alguns dias as palavras certas para expressar o que ando sentindo, mas isso se mostrou uma tarefa bastante difícil, por mais que a necessidade de mudança seja maior que isso tudo.
Mudar, não porque eu não acredite mais no que havia escrito aqui no antigo perfil...Longe disso! Apenas diria que já sinto ser preciso ser menos reducionista.
Estou vivendo uma das melhores fases da minha vida, justamente porque a estou vivendo alimentada com melhor dos combustíveis: a paixão. Apaixonada por idéias, momentos e pessoas, pessoas essas que talvez não tenham se quer a noção do quanto são importantes para mim.
Continuo sendo inconstante [e adorando isso], quebrando a cara muitas vezes e sendo feliz em tantas outras, exatamente como outras pessoas que assim como eu, não sentem medo de viver.
Mesmo nos maus momentos percebo o quanto tenho sorte, justamente porque vejo e sinto tudo de forma intensa, indo de um extremo ao outro com a mesma facilidade, aproveitando essa tempestade de sentimentos que se apodera de mim.
Uma das coisas em que acredito é na mudança, e justamente por ela, estou sempre construindo e desconstruindo conceitos, até sobre mim mesma. Livrando-me de fórmulas prontas [as quais dispenso prontamente] e me valendo apenas das minhas experiências e percepções. Estou tentando enxergar menos com os olhos da razão e acho que estou conseguindo...Porque definitivamente descobri que não preciso racionalizar tudo. Aprendi a apenas sentir, e isso agora já me basta.
Já não tenho mais a necessidade de ser compreendida, porém por mais que alguns não entendam, posso afirmar que nunca fui tão autêntica quanto agora. Um constante sorriso ou até mesmo um choro por vezes inevitável, só traduzem o que se passa em mim, nesse turbilhão de emoções que não consigo controlar (e que já desisti de tentar fazer-lo). Como uma grande amiga me disse ontem, o tempo de se preocupar com o que outros vão pensar, já passou...Isso agora simplesmente não importa. Estou fazendo minhas escolhas e pagando pra ver!
Quero continuar acreditando, mesmo que por isso eu tenha que me machucar depois...Como conversei com um certo alguém ao fim de uma bela tarde, se ser madura significa construir muralhas em torno de si, precisar de planos para tudo e criar milhares de reservas diante do outro, não quero essa maturidade! Por que se assim for, prefiro, por resto dos meus dias, ser vista como inconseqüente, exagerada ou até mesmo desmedida, mas tendo a plena certeza de que estou aprendendo e fazendo essa passagem por aqui valer a pena.


Por fim, só queria deixar uma grande beijo aos novos e velhos amigos...Vocês são parte integrante de tudo isso. Obrigada não só por terem entrado em minha vida, mas também por terem permanecido. Não sei por quais caminhos vamos andar...Se estaremos sempre juntos ou não, mas isso não é o mais importante. O que importa de verdade é que pudemos ter a chance de nos encontrarmos. Vamos aproveitar os nossos momentos porque no fim, serão eles, e as boas lembranças que vão restar..."

PER-FEI-TO!!

Bem, o outro perfil é de alguém que não conheço, não sei como é, e se o que está ali contido é a idéia de outra pessoa; o fato é que é outra filosofia de vida! Vamos a ele:

"Se existem verdades absolutas neste mundo, uma delas é que todos nós temos medo de sofrer. Assim, ingenuamente tentamos controlar as situações ao nosso redor, como se isso fosse possível.
Obcecados por esse desejo de nos proteger, gastamos nossa energia e nosso tempo tentando controlar os pensamentos, as atitudes e até os sentimentos das pessoas que amamos e que, sobretudo, desejamos que nos amem.
No entanto, não nos damos conta de que a vida se baseia no imprevisível, no incontrolável, no surpreendente! Nenhum sentimento é garantido, nenhuma conseqüência é revelada antecipadamente. O futuro é totalmente incerto. E apesar de tamanha imprevisibilidade, temos em nosso coração toda a possibilidade de conquistarmos o que e quem amamos, o que é muito diferente de controlar, prever ou obter garantias!
Muitas pessoas não conseguem encontrar um amor, não se entregam a uma relação profunda e verdadeira simplesmente porque estão, todo tempo, tentando obter certezas. As perguntas não param de gritar, as dúvidas não têm fim e o medo de se deparar com a dor parece assombrar milhares de corações, impedindo-os de enxergar uma outra possibilidade, tão plausível quanto a de sofrer.
Será que ele me ama? Será que vale a pena perdoar e tentar de novo? Será que ele não vai me trair? Será que não estou sendo idiota? Será que não vou sofrer mais do que se ficar sozinho?
O que será, eu responderia com muita tranqüilidade, não importa agora! Na verdade, nunca importará! A pergunta correta é: “Eu quero?” Quando aprendermos a responder, com respeito e responsabilidade, essa simples perguntinha, teremos previsto qualquer possibilidade.
Sim, porque o amor é uma chance, uma oportunidade; não uma garantia; nunca uma certeza! Podemos vivê-lo conforme nossa vontade, de acordo com nosso coração ou passaremos a vida inteira tentando controlar o incontrolável, garantir o incerto!
Jamais teremos como saber se o outro está sendo fiel, se o amor que sentimos é correspondido na mesma medida, se vamos sofrer ou seremos felizes. Jamais saberemos do amanhã ou do outro.
Então, que usemos nossa inteligência, a despeito de todo o medo que isso possa nos fazer sentir. Ou seja, que possamos, de uma vez por todas, abrir mão dessa tentativa inútil de controlar o amor, a vida e o outro e nos concentremos em nós, em nosso coração e em nossos reais objetivos!
Descobriremos que nos ocupar com nossos próprios sentimentos já é trabalho para vida inteira. Descobriremos que agir conforme nossa vontade é o bastante para que nos sintamos preenchidos, embora possamos mesmo vir a sofrer simplesmente porque o sofrimento é uma possibilidade tão possível quanto a felicidade!
E digo mais: só conseguiremos entrar de fato no coração de alguém, mesmo sem termos certeza disso, quando tivermos a audácia e a coragem de nos entregar ao imprevisível; quando conseguirmos compreender que a segurança é mérito pessoal, interno, sentimento que não se pode ter em relação a ninguém além de nós mesmos.
Portanto, para todas as pessoas que têm me perguntado sobre qual é o “segredo” para viver o amor sem sentir tanta insegurança, tanto ciúme e tanto medo de sofrer, aproveito este momento para responder: o segredo está em saber se você quer, se você realmente quer! Porque se você quiser e fizer por merecer, agindo você com sinceridade, qualquer possibilidade de dor e sofrimento valerá a pena. Porque quando a gente quer de verdade, com o coração, a magia do amor nos faz entender que sofrer faz parte do caminho e, no final das contas, é tudo crescimento, aprendizagem, evolução e, por fim, a tão desejada felicidade.
E não que ela esteja no final do caminho ou no final da vida, simplesmente porque ser feliz é isso: entregar-se ao imprevisível e aceitar a dor e a alegria como partes do amor! E quando penso que essa entrega é realmente difícil, me lembro de uma frase que gosto muito:
"Se o seu problema tem solução, relaxe, ele tem solução.
E se o seu problema não tem solução, relaxe, ele não tem solução!"
Portanto, quando estiver doendo, não resista! Simplesmente relaxe e aceite!"

Bem... não duvido que voltarei aqui outras vezes, somente para relê-los!

Valeu pelas visitas e pelos comentários... foi uma experiência muito interessante!!