11.10.10

E dá-lhe, Brasil!


Não estou falando dessa republiqueta, como país. Falo da seleção brasileira de voleibol que, mais uma vez, nos deixa felizes com a conquista do tricampeonato mundial. E esse é um legítimo tricampeonato, já que o Brasil havia conquistado também os mundiais de 2002 e 2006.

A facilidade encontrada nas semifinal e final, contra Itália e Cuba respectivamente, demonstra como o Brasil esta à frente dos seus rivais. Prova também que a seleção provavelmente nem precisaria ter se prestado a deprimente espetáculo contra a Bulgária, onde as duas seleções queriam perder para ficar em segundo e pegar uma chave teoricamente mais fraca.

De qualquer sorte esta geração deu continuidade ao trabalho sempre muito bem coordenado pelo maior treinador de voleibol de todos os tempos [Bernardinho]. O que vi nesse mundial também foi um aparente enfraquecimento de boa parte das seleções, sendo que a que conseguiu apresentar um volei convincente foi justamente a que chegou na final: Cuba.

Murilo foi eleito o MVP [jogador mais importante] do campeonato. Foi o único título individual da seleção. Vissoto se tornou o segundo jogador a ser campeão mundial juvenil, junior e adulto [só Nalbert tinha alcançado esse feito antes].

Que Bernardinho e seus comandados continuem a desfilar seus talentos nas quadras do mundo!

10.10.10

O MELHOR DE TODOS OS TEMPOS!!!


Sei que o título pode fazer parecer que vou falar de mim, mas desta vez deixarei a minha contumaz modéstia falar mais alto. Vou comentar aqui sobre o esporte que mais gosto: futebol.

Costumo acompanhar alguns campeonatos, como o brasileiro, o alemão, o inglês, o espanhol e o italiano. E estive refletindo acerca de qual o melhor time que já vi na minha vida. Hoje em dia já não tenho dúvida: o Barcelona [da era Guardiola] é, ao meu ver, o time mais incrível que já vi jogar na minha vida.

Este título era do meu Flamengo, do longíquo início dos anos 80 do século passado. Um timaço que contava com Zico, Leandro, Júnior, Mozer, Adílio, Andrade, Tita, entre outros bons nomes.  Este time encheu meus olhos quando o vi pela primeira vez disputando uma tal de Libertadores da América, que eu nem sabia que importância tinha. O Flamengo, no ano de 1981, foi campeão, ao derrotar o Cobreloa, do Chile e derrotou, no mesmo ano, o temido Liverpool, na final do Interclubes. Mas deixemos o meu time de lado, por ora.

O Barcelona conquistou tudo que disputou na temporada 2008/2009. Mas o que o torna tão incrível não são somente as conquistas. Obviamente que elas vão se agregando com um trabalho bem feito; porém o que me chama a atenção é a forma como o Barcelona joga. Marcando sob pressão o adversário, já no campo de defesa do oponente, buscando a posse de bola, e quando a tem busca mantê-la sob seu domínio trocando passes curtos, fazendo inversões de jogo e, ainda, contando com a genialidade de Messi, que volta e meia "apronta" das suas e encanta os fãs do bom futebol.

É um time que prioriza o ataque, mas não se descuida na marcação, onde quase todos os jogadores, quando o time não tem a posse de bola, ajudam a ocupar os espaços e tentar recuperar a pelota o mais rápido possível. É um time que vale ser visto jogar, por praticar, como diria Luxemburgo, o futebol total!

Ah! Eu sou madridista, mas infelizmente tenho que dar o meu braço a torcer: o rival é mais time já há algum tempo!

7.10.10

O peso da traição

Nada como bons papos ou pessoas que, com sua grande capacidade para nos proporcionar boas conversas, nos inspiram a escrever.

O que vou tratar aqui é um assunto que já foi tratado anteriormente, mas creio que sob outro enfoque: a traição.


É que estive discutindo sobre de quem seria a responsabilidade da traição, já que havia refletido sobre isto.

Entendo que quem trai, vai saber e ter os seus motivadores, o que não precisa ser, necessariamente, aceito pelo traído. O que quero dizer é que o traidor vai justificar, mas quem é traído não precisa aceitar tais justificativas.

Mas bem, o que me motiva agora é falar sobre a responsabilidade da traição. Muitas vezes aquele que recebeu o "chapéu de touro" é acusado de contribuir para que o evento ocorra. Existem casos e casos, como os dos que incentivam a ocorrência de uma relação do parceiro com outro. Mas convenhamos: neste caso não seria uma traição, já que houve o consentimento. O que trato aqui é da traição: uma relação com outra pessoa sem o conhecimento, consentimento do parceiro.

Nos casos em que ocorre a traição, penso que ela se trata de uma decisão pessoal e que se reforça dia a dia, quando se trata de algo contínuo. Claro que existem as traições fortuitas, fugazes, mas que também não deixam de ser baseada num momento de escolha do traidor. E não quero aliviar o peso da responsabilidade pela decisão do infiel, mas, sem dúvida, quando temos diariamente a possibilidade de fazer diferente, como atribuir qualquer responsabilidade a terceiros [no caso o parceiro]? A diferença entre uma traição fugaz e uma contínua é que nesta se tem tempo para ponderar sobre o que se está fazendo, enquanto naquela nem sempre se tem tempo para se ponderar de forma mais detida: a pessoa só resolve trair e pronto!

A questão é que quem está traindo muitas vezes busca subterfúgios, sinais, confirmações no comportamento do outro para justificar aquilo que, no seu íntimo, quer fazer.

Pode até parecer reducionismo, mas acho que dividir a responsabilidade da traição é querer diminuir o peso de um ato que considero exclusiva do agente traidor. Ainda que algo esteja faltando na relação, e se isto se torna um fardo, mais fácil seria o caminho do término [claro que esgotadas as conversas, as tentativas de fazer com que o outro perceba que não está mais sendo como outrora].

Eu bem sei, porém, que nem sempre isto é tão fácil de fazer. Abdicar de uma relação, dependendo do motivo, nem sempre é tão simples como alguns insistem em achar. E aí é que chego no ponto crucial desta postagem: a traição, por estar sentindo falta de algo no parceiro [que é a desculpa mais comum], é, além de uma "punhalada" nas costas do parceiro, um ato de extrema covardia da parte de quem trai. É com isso que o traidor tem que lidar: tomou a sua decisão por não ter coragem de agir de outro modo.

Sei que apesar desta postagem as traições sempre continuarão a existir. Não tenho, em verdade, a ideia de demover ninguém daquilo que entende como adequado para a sua vida. Só entendo, hoje, que quem trai tem que arcar com o peso de sua decisão e aceitar que isto se baseia numa decisão exclusivamente pessoal. E eu bem sei que isto vale para mim também [e o digo por empirismo].

6.10.10

Viver sem você!

Às vezes alguns dizem para o seu amado: "não vivo sem você", "você é a minha vida" e outras coisas. Estive comentando a respeito dessas frases de efeito e de alguns exageros que entendo como permitidos quando amamos muito alguém. Não significa que eu uso todos, mas creio que, assim como os escritores, que tem a licença poética, os amantes tem direito a esses arroubos, como que possuindo uma "licença poético-amorosa". 

Utilizo dos meus meios para demonstrar o quanto amo [e acredito que nem sempre obtenho o suficiente êxito para deixar a minha amada ciente de quão importante é para mim].

E por ser assim, gosto de ver/ler textos onde os sentimentos vem à tona e conseguem refletir bem o que ocorre conosco.

Vou tomar a ousadia de postar aqui um texto que li aqui na internet no bom blog Mentiras Sinceras. 

Em verdade devo admitir que o momento que estou vivendo tem me deixado um tanto quanto "fragilizado" e percebo constantemente textos ou situações que refletem este momento, o de perder quem tanto amamos [isto é história para outras postagens, mas quem já quiser entender um pouco disso é só ler "Tanto amor e..." - um relato um tanto quanto intimista].

Bem, agora vamos ao texto:


"É só dele o sorriso que me encanta,  de ninguém mais o  toque que me aquece.
Ele tem no tom de voz alguma coisa me deixa com medo e quando fala sério,  ele consegue ser leve.
Tem uma beleza que me encanta,  um jeito de me olhar que me enxerga por dentro e fica sabendo então de todos os meus segredos.
Tenho vontade de passar  horas só olhando, talvez para acreditar  no quanto tenho sorte.
Ele tem no beijo  algo que me atormenta e me deixa sem rumo.
Foi devagar, entrou na minha vida sorrateiro e  preencheu o espaço vazio com carinho e amor.
Às vezes ele me olha e fica falando tudo aquilo que acha que  sou e tenho certeza que  ta errado, mas daí olho pra ele e tenho certeza que ele é tudo aquilo que  sempre quis, e fecho os olhos meio boba e agradeço a Deus por ter me dado a chance de um dia pedir alguém e ele mandar do jeitinho que eu queria. E agradeço ainda um pouco mais, porque  mesmo com todos os meus surtos, ele nunca desistiu de nós.
Ele preenche minha vida e às vezes me esqueço de contar o bem que me faz, o quanto gosto de passar horas escutando ele falar, como adoro olhar pra ele e ver o quanto  é lindo, de sentir cada beijo e perceber que é igual o da primeira vez. Esqueço de contar que ele não precisa de muito pra me fazer feliz, e que me sinto calma só de ouvir o timbre da sua voz.
Tive medo porque logo no começo perdi o rumo e esqueci meu nome, telefone, sentido; e senti medo dele nunca mais ligar e de ser só mais uma.
Tive medo de entregar meu coração, medo do amor, porque até então amar era complicado demais e ficar sozinha era mais fácil.
E com o tempo ele me ensinou que  amar é bom demais e ser amada melhor ainda. Percebi que apesar de saber como viver sem ele, não quero, não tenho vontade e sinto medo de que do nada ele me fale que esta indo embora.
Tem horas que preciso só escutar que a respiração dele ainda ta ali, do meu lado. Tem dias que fico horas pensando em como será minha vida inteira ao lado dele.
 E  quando ele me achou me quis, assim do jeito que eu sou.
Alguém que não sabe o quanto é importante e tem um espaço tão grande na minha vida. Alguém que não cogito a possibilidade de deixar ir, nem que for pra ir ali do lado.Se for, tem que me levar junto.
Eu só esqueço às vezes de dizer o quanto ele é maravilhoso, lindo e me faz a mulher mais feliz do mundo.
Esqueço de contar que se for com ele, vou pra onde quiser!
E como diria um grande poeta amigo meu  “Quando as duas partes do par se encaixam faz “clac” – e a felicidade acontece.” (Rubem Alves).

Alguns conseguem fazer, junto a outra pessoa, o "clac". Mas nem sempre isto acontece ou então demoramos muito tempo para ouvir o tal "som". Sinto-me privilegiado, pois eu o escutei.

5.10.10

Política, eleições e breve relato de uma decepção

TENHA MEDO!!!!!!




Iniciarei a presente postagem com um texto de Bertolt Brecht, talvez já de pleno conhecimento da leitora dos leitores desse blog:

"O Analfabeto Político
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."

Desde o início da minha consciência [ou "alfabetização"] política, posicionei-me como alguém com certa predileção pela esquerda, haja vista entender que o discurso político dos partidos/candidatos que se colocavam nesta linha ideológica se aproximavam mais das coisas com que sempre acreditei. 

Concomitante ao meu despertar político surgia um candidato oriundo das classes trabalhadores e de um partido emergente que propunha um discurso que me encantaram. Ali estava nascendo a minha simpatia partidária com o Partido dos Trabalhadores e com o seu principal nome, o hoje presidente Luis Inácio da Silva.

E durante suas 4 primeiras campanhas presidenciais, estive ao seu "lado", discutindo com amigos, familiares, colegas de trabalho e qualquer pessoa que se mostrasse disposta a discutir os rumos políticos do nosso país e que ele seria a solução para que o Brasil pudesse pegar o bonde da história e ser colocado nos trilhos do progresso.

Nunca esperei que quem quer que fosse transformasse o Brasil numa Suíça em 4, 8 ou 50 anos, mas imaginava que poderíamos ver resgatados o orgulho de fazer parte desta nação, o respeito pelas pessoas e, principalmente, a moralidade no trato da coisa pública, uma vez que Lula e o PT se colocavam como baluartes dessa moralidade há tempos perdida.

Qual nada! Exatamente como seus antecessores [quiçá num nível até maior], as notícias sobre corrupção, os conluios arranjos políticos em nome da governabilidade, o resgate de nomes já quase mortos e esquecidos no cenário político, renovando-lhes as forças, tais como Sarneys, Collors, entre outros, mostraram que as coisas definitivamente não seriam muito diferente do que vinha sendo.

E tome dinheiro em cueca, em meias, pizzas e mais pizzas oriundas do Antro Congresso Nacional, mensalões, mensalinhos e o diabo a quatro... tudo com o apoio velado da nosso cego presidente[que nunca via ou sabia de nada].

Todos esses fatos me tornaram um descrente nos discursos da quase totalidade de políticos. Partidos políticos e seus discursos ideológicos já não enchem meu imaginário de um país diferente, pois esta corja de profissionais da politicagem, que só visam seus sonhos de crescimento patrimonial e acúmulo de poder para traficar influência a torto e a direito.

O fato é que me cansei de buscar algum nome que possa fazer uma [necessária] revolução nesta republiqueta, principalmente pela minha visão um tanto quanto catastrofista: não vejo como ficar melhor. Nâo sou dos que tem esperanças baseadas em nada ou simplesmente na fé.

Pela primeira vez votei nulo. Nulo do primeiro ao último cargo político. Com a disputa eleitoral para presidente polarizada [e sinceramente não consigo entender porque sempre ficam nos mesmos partidos]. Acaso eu resolvesse votar em algum dos candidatos à presidência, sem dúvida seria Marina Silva, mas não o fiz pois quis engrossar os votos nulos só para que estes demonstrem que um percentual considerável da população não se mostra satisfeito com os rumos políticos e, mais ainda, com o tipo de política em voga no nosso país.

Não me considero um analfabeto político, sei que decisões tomadas nessa área trazem grande influência em nossas vidas, mas não me sinto obrigado a escolher um nome só para parecer que faço parte de um processo democrático que, em verdade, considero carente de nomes dignos, centralizadores e capazes de promover as mudanças que considero necessárias. E que venha o segundo turno e mais votos nulos [pelo menos da minha parte].


4.10.10

A vida imita a arte [ou Das Ironias da Vida]

Quem me conhece sabe que um filme que acabe de forma surpreendente pode ganhar alguns pontos comigo. É óbvio que eu já me traí e algumas vezes senti certa frustração por não ver tudo acabar bem, como é a praxe nas películas, se bem que no momento não lembro de nenhum filme em que eu gostaria de trocar o final só por todos não terem ficado "felizes para sempre". 

Vou comentar agora sobre um filme que acabei de assistir: "Jogando Com Prazer", com Ashton Kutcher e Anne Heche, para, em seguida, falar das minhas impressões da vida.
Jogando com Prazer[3]

Confesso que inicialmente estava meio reticente quanto ao filme, mas como já há algum tempo a sétima arte ocupa o primeiro posto entre os meus hobbies, resolvi dar uma chance.

A história é meio clichê: trata-se do estilo de vida de um jovem bonito e sedutor [Kutcher], que vive em Los Angeles, e vai tentando se dar bem, conquistando mulheres, e usufruindo das boas coisas materiais que essas relações podem proporcionar. Logo de cara ele adentra uma mansão, onde está ocorrendo uma festa, e nela conhece uma garota [Heche], a quem tenta [e consegue] seduzir, terminando a noite na casa dela.

Daí ele permanece nos dias que se seguem na casa, buscando conquistar a confiança dela. Consegue o seu intento e começa a tirar proveito, como dar uma festa na casa [aproveitando uma viagem da anfitriã], passeando com o carro dela, etc.

Até que ela descobre que o seu príncipe encantado é, em verdade, um conquistador e que busca auferir vantagens não tão "nobres" da relação. Vale ressaltar que nesse ínterim ele conhece uma pessoa, numa lanchonete, por quem ele começa a se encantar. Pararei por aqui, para que isto não vire um spoiler, afinal não quero estragar a diversão de ninguém, caso queira[m] ver o filme.

O que importa é que nem tudo acaba de forma tão "perfeita" assim, como muitas vezes ocorre na vida. Por vezes somos obrigados a tomar decisões de acordo com o que privilegiamos [e são nos momentos em que somos obrigados a decidir é que talvez passemos a ter a noção do que cada opção significa de modo global dentro da nossa vida - como um todo, eu digo]. 

Interessante [ou seria irônico?] é que nem sempre isto significa escolher exatamente o que imaginamos nos fazer mais feliz. Mas hoje penso que talvez isto possa ser apenas a visão aparente e imediata da situação, já que a longo prazo possivelmente teremos ganhos com uma decisão que tomamos, ainda que num primeiro momento pareça ser o contrário, afinal ninguém vai decidir por algo que saiba ser o pior.

Fica a recomendação do filme, principalmente pelas decisões pessoais dos protagonistas. E, como falei no início, pelo fato de reproduzir que nem sempre é possível ser afortunado no amor, quando outras coisas precisam ser ponderadas. Vai o que é mais importante para cada um.