27.11.05

Criado para brilhar...

Putz... graças ao grande amigo Eduardo e sua dica maravilhosa assisti na segunda-feira passada (dia 21/11) um dos melhores filmes que já tive a oportunidade de ver na minha vida (inclusive ele fez este mesmo comentário ao me recomendar o filme)! Trata-se do GENIAL "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" (convenhamos: até o título é genial!).

O filme, estrelado por Jim Carrey (Joel Barish), Kate Winslet (Clementine), Elijah Wood (Patrick) e Kirsten Dunst (Mary), baseia-se no fato de Clementine resolver apagar Joel das suas lembranças contratando, para isto, uma empresa especializada. Joel percebe que há algo errado com Clementine até que descobre que ela resolveu tirá-lo da sua vida. Ele então resolve fazer o mesmo, contratando a mesma empresa para também apagar Clementine de sua memória. Porém no decorrer do processo ele percebe que a ama e tenta interromper a empreitada!

Jim Carrey, ao meu ver, conseguiu convencer num papel mais sério, tendo uma ótima atuação, assim como o resto do elenco.

Com direção de Michel Gondry e tendo como roteirista Charlie Kaufman (vou prestar atenção neste nome de agora em diante), "Brilho Eterno..." ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original.

Ao terminar de assistir o filme duas sensações me dominaram: a de dar um fraternal abraço de agradecimento no amigo Eduardo e a de que havia acabado de assistir um dos melhores filmes da minha vida.

Vale a pena dar uma conferida!

12.11.05

Para os fãs do R.E.M. (A melhor banda do planeta!)

Nos idos de 1995 a Warner lançou uma caixa chamada "Automatic Box" contendo quatro CDs do R.E.M. com músicas que não haviam sido lançadas em outros álbuns da banda (pra falar a verdade quase todo o material não merecia de fato estar em álbum algum). São algumas colagens, b-sides, instrumentais, coisas meio experimentais do grande Stipe e sua trupe! São 18 músicas, dentre as quais merecem destaque, ao meu ver, as faixas "Fretless", "It's a Free World Baby", "Star Me Kitten", o 'esboço' para "Pop Song 89", e a versão para o MTV Awards de 93 de "Everybody Hurts".

Creio que seja um item que vale mais a pena para os fãs de longas datas da banda, por óbvias questões sentimentais, que para os que estão se iniciando nas viagens sonoras deste fantástico grupo!

Seguem os links para os álbuns e as relações das músicas! Boa audição!



Vocals Tracks


1. It's a Free World Baby 5:11
2. Fretless 4:49
3. Chance (Dub) 2:32
4. Star Me Kitten (Demo) 3:04








Instrumental Tracks

1. Winged Mammal Theme 2:55
2. Organ Song 3:28
3. Mandolin Strum 3:45
4. Fruity Organ 3:26
5. New Orleans Instrumental #2 3:48







Cover Versions

1. Arms Of Love 3:35
2. Dark Globe 1:51
3. The Lion Sleeps Tonight 2:41
4. First We Take Manhattan 6:06








B-Sides

1. Ghostrider 3:44
2. Funtime 2:14
3. Memphis Train Blues 1:38
4. Pop Song 89 (Acoustic) 3:03
5. Everybody Hurts (Live 2/9/93) 4:56

9.11.05

Essa tal de bur(r)ocracia!

Bem, ontem (dia 08/11) desloquei-me até a vizinha Camaçari para efetuar a minha matrícula na universidade onde vou começar o meu curso; eu, brasileiro que sou, deixei para autenticar as cópias dos documentos na última hora. Antes, porém, de ir a Camaçari saí para fazer a autenticação dos documentos na cidade onde moro; cheguei por volta de 08 h 30 min no Fórum de Lauro de Freitas (único lugar nesta cidade onde é possível fazer a tarefa a qual me propusera). Daí fazendo os cálculos, conclui que não sairia de lá antes de 11 hs (!!!). Fui à Salvador (Lauro de Freitas faz parte da região metropolitana de Salvador) para ver se conseguiria agilizar este processo e não demorei mais do que 20 min para sair de lá com tudo prontinho!

Tá bom... toda esta história é só fazer crescer a raiva que senti desta instituição chamada burocracia! Para que merda a Universidade do Estado da Bahia exige que os documentos sejam autenticados? Por que os funcionários da referida instituição não batem um simples carimbo (símbolo da burocracia) com os simples dizeres: "CONFERE COM O ORIGINAL" e colocam a sua assinatura? Talvez para a UNEB os seus funcionários não tenham fé para, tendo o documento original ao lado, apor as suas assinaturas e suas matrículas, com o carimbo acima referenciado para que possam ser identificados e responsabilizados no caso de qualquer ilícito.

Mas é lógico que não! É mais fácil jogar o ônus (literalmente) nas costas dos estudantes e gerar receita para o estado (?!). Mas como sou tolo! É isto a chave de tudo... acho que a nossa universidade estadual tem a obrigação de gerar receita para o seu mantenedor!

Certa feita, numa conversa que tive com um amigo que trabalha num órgão federal, fui informado que eles, como servidores da instituição, têm a premissa de fé para a autarquia [INSS] a qual ele é vinculado.

Não digo que a Burocracia não seja necessária! É evidente que sim, mas o problema é que nós temos o dom de usá-la de forma excessiva, tornando tarefas que parecem simples em verdadeiros tormentos para os usuários/beneficiários de serviços. Às vezes a sensação que tenho é a de que querem que desistamos do nossos intentos.

Agora que vou começar o curso de Direito, sonho, num futuro não muito distante, em poder atormentar estes órgãos especilizados em dificultar o acesso àquilo a que pleiteamos junto aos mesmos.

Ensaio sobre a morte


bem, como já estou ficando craque na arte de "roubar" posts nos blogs e sites alheios (vide a minha última postagem sobre a diferença entre os formatos widescreen e tela cheia, cujas informações foram retiradas do blog URGE, do amigo Luciano), venho com mais um trabalho alheio a rechear este humilde blog. Trata-se, desta vez, do mais novo livro de Saramago "As Intermitências da Morte".

Eu, que há pouco tempo, como é possível observar nas minhas primeiras postagens, li o magnífico "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", anseio desde já pela leitura desta próxima obra que, creio, ser também fascinante.

Abaixo reproduzo trechos do que li no site Speculum acerca do livro:

"Quando lançou [Saramago] Ensaio sobre a Cegueira pensou 'e se fôssemos todos cegos?'. Partindo da mesma idéia imaginou 'e se não morrêssemos?' - daí divagou sobre a condição humana e seu desejo utópico da vida eterna. Por trás de uma nação começa a idealizar a ausência da morte por um período de sete meses. O que no começo é êxtase e euforia, posteriormente torna-se insustentável e impossível de conviver. As outras nações vêem um plano secreto de alguém que descobriu o elixir da vida. Mas, ao pensar melhor, percebem o quão catastrófica a situação é.

Previdência Social, casas de repouso, a Igreja Católica, as seguradoras, os serviços fúnebres e até a máphia (com pê agá mesmo que é para distinguir da original, como destaca o autor), são alguns dos círculos que Saramago aborda para demonstrar o caos instalado dentre as pessoas por ausência da morte. Passado o período de “férias” a morte volta e numa tacada só leva os tidos 'em suspensão'. Mais de 60 mil morrem num acerto de contas da morte. E a única certeza humana ganha nova forma: cartas são endereçadas aos futuros defuntos para que encarreguem-se de pagar suas dívidas, fazer testamento, despedir-se dos amigos e parentes e até, pedir-lhes perdão.

Diante das considerações e do caos humano um romance surreal é desenhado. A morte por equívoco não enviada na data correta a carta a um violoncelista que deveria morrer aos 49 anos. Na data em que ele completa 50 anos, a figura esquelética se dá conta através de seu arquivo (sim, a morte tem um arquivo) e tenta retificá-lo. A curiosidade em saber quem era o humano que lhe escapara das mãos, digo, ossos e gadanha, a faz aproximar-se do violoncelista.

Corre-se uma trama mais suave e romanceada, transpondo a pensata ensaísta que abriu o livro. A narrativa corre solta, entre o impossível e o possível; entre diálogos de humor refinado. A morte aparece elegante e atraente do que qualquer ser humano poderia supor e a relação entre ela e o violoncelista beira a comédia. O final imprevisível é mais um daqueles que o leitor se põe a pensar ‘quem diabos esse escritor pensa que é?’. Não há como não rever o livro de memória e pensar 'impossível!'. E, mesmo que não confesse, talvez seja isso mesmo que ele quer que o leitor pense."

E por fim um trecho do livro retirado do site Observatório da Imprensa:

"Eram três horas da madrugada quando o cardeal teve de ser levado a correr ao hospital com um ataque de apendicite aguda que obrigou a uma imediata intervenção cirúrgica. Antes de ser sugado pelo túnel da anestesia, naquele instante veloz que precede a perda total da consciência, pensou o que tantos outros têm pensado, que poderia vir a morrer durante a operação, depois lembrou-se de que tal já não era possível, e, finalmente, num último lampejo de lucidez, ainda lhe passou pela mente a ideia de que se, apesar de tudo, morresse mesmo, isso significaria que teria, paradoxalmente, vencido a morte. Arrebatado por uma irresistível ânsia sacrificial ia implorar a deus que o matasse, mas já não foi a tempo de pôr as palavras na sua ordem. A anestesia poupou-o ao supremo sacrilégio de querer transferir os poderes da morte para um deus mais geralmente conhecido como dador da vida."

Não sei vocês, mas eu estou louco para colocar as mãos nesta obra do genial Saramago.

Finalmente a luz...

graças ao excelente blog URGE do amigo Luciano, no qual ele desfila todo o seu vasto conhecimento musical, além de nos brindar volta e meia com seus sempre pertinentes comentários a cerca de outros aspectos diversos, tive conhecimento da diferença entre assistir um filme no formato Widescreen ou vê-lo no formato Tela Cheia.

A perda na conversão do Widescreen para Tela Cheia é de aproximadamente absurdos 50% (!!!). Aproveitando que já "roubei" a informação do URGE, vou colocar também as duas imagens que o brother Luciano postou para se ter uma real noção da perda. As imagens são do filme "Questão de Honra":











Formato Tela Cheia [4:3]











Formato Widescreen [16:9]


Para informações mais embasadas é só ir lá no blog URGE dar uma conferidinha. Aconselho o blog também aos amantes da boa música!