9.1.11

Cinefilia II

Continuanda a saga dos filmes assistidos em 2011, que podem ser visto sob o marcador: Cinefilia 2011.


Filme 3 -> "Leaves of Grass". Comédia/Drama. 2009. Filme dirigido por Tim Blake Nelson [que participa do filme vivendo o personagem Bolger]. Edward Norton é um nome que normalmente já me deixa tentado a assistir a um filme do qual ele faça parte. E o melhor é que neste filme ele aparece em dose dupla. "Leaves of Grass" gira em torna da relação dos gêmeos Bill e Brady Kincaid entre eles e de ambos com a mãe. 
Enquanto um continua morando na mesma cidade onde nasceu e cresceu, tornando-se um traficante que produz uma forte espécie de maconha, cultivada em casa, o outro praticamente renega a família e se muda buscando novos horizontes, se tornando um bem sucedido professor universitário. E, desde a sua saída deste última da cidade, não mais fazia qualquer contato com os familiares que ficaram para trás. Até que recebe uma ligação que fala da morte do seu irmão e ele acaba retornando à cidade para o funeral do mesmo. Mas eis que uma surpresa e alguns reencontros mudam a sua vida e a forma de encarar as coisas. Mesmo não sendo genial, é um filme que vale a pena ver: RECOMENDADO! 



Filme 4 ->  "Onde Vivem os Monstros" [Where the Wild Things Are]. Drama/Aventura. 2009. Dirigido por Spike Jonze, esta adaptação do livro infantil homônimo, mostra uma criança [o personagem Max] com características comuns como rebeldia e egocentrismo. Num desses momentos de rebeldia, já que buscava chamar a atenção da sua mãe [que recebia a visita de uma pessoa]; sendo repreendido por ela, Max sai correndo de casa, até parar num local em que encontra um barquinho. Ele sobe na embarcação e aí começa a sua jornada, indo parar numa ilha. Lá ele vê alguns monstros, sendo o único humano, e começa a se relacionar com eles. Logo é aclamado rei e tenta desempenhar esse papel.
Interessante é que os personagens tem características bem definidas, sendo Carol [nome de um deles], o que tem características mais parecidas com a de Max [tendo, talvez por isto, a maior simpatia de Max].
As relações "pessoais" e o amadurecimento [conforme sugerido pela crítica] são temas latentes e abordados pela obra. Um filme que parece ser para o público infantil, mas que, pela sutil inteligência, é capaz de agradar bem mais ao público adulto.
Nota: a última cena, que mostra Max deixando a ilha levaram às lágrimas eu e meu filho, Mateus [7 anos]. A bem da verdade ele não assistiu ao filme todo, vendo apenas alguns trechos, como o que acabei de citar. Penso ser uma pedida muito boa! RECOMENDADO!


Filme 5 -> "72 Horas" [The Next 3 Days]. Ação/Suspense. 2010. Filme dirigido por Paul Haggis, começa com uma cena em que Russell Crowe está com o rosto manchado de sangue e na qual ouvimos uma voz, que não sabemos ser a dele [um pensamento, portanto] ou de outra pessoa dizendo estar ficando sem fôlego e pedindo para ir para um hospital A cena é cortada para 3 anos antes. Daí o que vemos é uma família feliz: John [Crowe], Lara [Elizabeth Banks] e o seu filho tomando café, tirando foto e conversando sobre coisas cotidianas, tudo num clima de amor e felicidade. Esta paz é interrompida com a chegada da polícia, que prende Lara, acusando-a de homicídio. 
A narrativa segue de modo linear, mostrando as tentativas legais de reverter a situação, haja vista Lara ter sido condenada pelo crime do qual foi acusada. Após mostradas algumas situações como as tentativas frustradas, as visitas à esposa e mãe [pelo marido e filho] e o cotidiano de um pai que tenta cuidar do seu filho, sem, de qualquer modo, desistir da sua esposa. Novo "corte" para 3 meses antes da cena inicial e aí já mostra um John coletando informações e criando um plano para tentar tirar a sua mulher daquela situação. Ao saber que ela será transferida para uma outra prisão, as medidas desesperadas, porém já estudas, começam a ganhar corpo e aí entra a parte da ação do filme.
Houve um momento em que achei que o filme poderia ter sido mais conciso após a prisão de Lara, mas percebo que o clima para justificar as atitudes e para mostrar o preparo e estudo de John estava sendo criado por Haggis. Mas afirmo que nem esta sensação seria capaz de não indicar esta película. Portanto RECOMENDADO!

7.1.11

Religiões: um mal necessário?

Eu, que tenho me posicionado como um ateu há alguns anos, gosto de conversar sobre religião, ainda que para muitas pessoas com quem converso, isto seja algo infrutífero. Ainda assim, acho que podemos ouvir as opiniões e pensar sobre elas posteriormente.

E dentro deste tema, fui presenteado, há algum tempo, por minha namorada [valeu, minha gata :*] com duas obras, cujas leituras estão entre os meus objetivos para o ano de 2011: "Deus, Um Delírio", de Richard Dawkins, que conclama a uma reação contra a crescente onda de imposição religiosa que assola os tempos atuais, e seu contraponto "O Delírio de Dawkins", de Alister McGrath, em que o autor busca combater os argumentos de Dawkins, onde tenta desqualificar os argumentos utilizados por aquele.

Assim que lê-los tentarei colocar aqui as minhas impressões sobre os mesmos. Por ora, manifestarei apenas o meu desapreço cada vez maior por esta obrigatoriedade de se vincular a uma religião para ser benquisto socialmente como alguém respeitável e com bons valores morais verdadeiramente edificados.

É como se só conseguisse entender, respeitar e se vincular moralmente aos valores basilares de uma sociedade os que professem alguma religião.

Entendo que o temor a qualquer deus não seja obrigatório para entender quais são os valores que norteiam uma sociedade. Penso que uma educação que seja baseada em virtudes, possa ser capaz de moldar o comportamento de qualquer pessoa. O grande entrave, no entanto, é o fato de já vivermos numa sociedade, que mesmo pregando a sua fé na existência de um deus [e no caso específico da sociedade brasileira, no deus judaico-cristão], é extremamente corrupta.

A verdade é que eu que já não acredito em nenhuma força extraterrena [exceto as físicas] também já estou cansado desta hipócrita sociedade "espiritualizada". Até acho que numa sociedade cada vez mais decandente, em termos de valores, como a nossa, os entraves que as pessoas possam encontrar para refrear seus ímpetos de cobiça e egoísmo extremos são necessários. Entraves como as leis [e percebam que nosso país deve ser dos que mais produzem leis no mundo] e as religiões passam a ser aliados para tentar impregnar um pouco de temor nas pessoas, tentando fazer com que sejam um pouco mais comedidas nas suas ações.

O que importa, para mim, ao final disto tudo, é que as religiões só se mostram necessárias por conta das degradantes sociedades nas quais elas estão inseridas. E, paradoxalmente, quanto mais degradado e miserável um povo ou nação, provavelmente, mais religiões e seguidores "fieis" elas terão.

6.1.11

Cinefilia I

Este ano vou tentar bater todos os meus recordes de filmes assistidos: filmes num dia, numa sequencia non stop e em quantidades. E quero listar todos eles aqui no blog. Espero assistir, pelo menos, uns 150 filmes. Para poder acompanhar esta saga, criei o marcador [lá no final da página] Cinefilia 2011. E já vou começar com dois, que acho boas pedidas:


Filme 1 -> "Na Natureza Selvagem" ["Into The Wild"]. Drama. Filme lançado em 2007, com direção e roteiro de Sean Penn, baseado no livro homônimo do jornalista Jon Krakauer, este filme, baseado num fato real, conta a história de Christopher McCandless, um jovem recém-formado, que resolve abandonar tudo por não se conformar em estar rodeado de vidas baseadas em mentiras, principalmente a relação de seus pais e numa sociedade extremamente materialista. Chris McCandless, um jovem idealista, tem como referência escritos de Thoreau, Tolstoi e Jack London. Por mais louca que a ideia possa parecer para todos nós, extremamente apegados a uma ou outra coisa, o jovem aventureiro fascina pela crença na possibilidade de se "descobrir" desapegando-se dessa vida de consumo , isolando-se desta sociedade de aparência, em busca da verdade e da felicidade, como viviam os nossos ancestrais: em pleno contato com a natureza.

O filme pode nos remeter a reflexões acerca das coisas que valorizamos na vida e é, para mim, uma verdadeira lição. Deixo, para encerrar, uma das frases escrita por Chris num dos livros que ele lia: "a verdadeira felicidade só é real, quando compartilhada". Filme RECOMENDADÍSSIMO!


Filme 2 -> A Vila" ["The Village"], Suspense. Lançado em 2004, tem direção de M. Night Shyamalan, é um filme que conta com boas atuações e um roteiro bem escrito. A história se desenrola numa vila, onde vive um grupo [talvez umas 60, 70 pessoas ao todo] que fez a opção de viver isolado do mundo, em harmonia, sem dinheiro,e repartindo todo o alimento que produzem. A liderança deste grupo se dá por meio de um Conselho de Anciões, que é formado por algumas das pessoas mais antigas e experientes desta vila.
O lugar é cercado por um bosque, onde vivem estranhas criaturas chamadas pelo moradores de "Aqueles a Quem Não Mencionamos". Para que a coexistência seja pacífica, foi feito um pacto, onde os moradores não cruzam as fronteiras do bosque, tampouco as tais criaturas adentram a vila.
Muito mistério e certa dose de suspense dão o tom para o desenrolar do filme. Película RECOMENDADA!.