26.7.11

Séries e filmes

PARA OUVIR ENQUANTO LÊ:


Hoje falarei, inicialmente, de duas séries.

A primeira é "Prison Break": série dividida em 4 temporadas, transmitida originalente pela Fox, de agosto de 2005 a maio de 2009.
1ª temporada: dois irmãos, Michael Scofield e Lincoln Burrows, lutam para fugir de uma penitenciária antes da execução de Burrows, que foi condenado à pena de morte por um crime que não cometeu. Na prisão o telespectador vai tendo contato com os personagens centrais da trama. Scofield, que é engenheiro [e é genial], tem um plano mirabolante, porém alguns fatores vão tornando a fuga difícil. O constante clima de tensão fazem desta temporada a melhor desta série e, quiçá, de todas as outras séries que já tive a oportunidade de assistir.
A 2ª temporada não consegue segurar a "peteca" tendo como principal momento os primeiros episódios, logo após a fuga de Scofield, Burrows e mais alguns outros presos. Neste temporada o tema central é a busca por um dinheiro, oriundo de um roubo praticado por um dos detentos da penitenciária. O referido detento não conseguiu fugir e contou onde a grana poderia ser encontrada. Detalhe: todos os fugitivos ouviram a história da grana e, por conta dista, começa a corrida pelo "ouro".
Na 3ª temporada Scofield acaba sendo preso no Panamá, numa penitenciária considerada como uma das mais violentas do mundo. Ainda que não consiga reviver os momentos excepcionais da 1ª temporada, a série,   por conta dos momentos de tensão dentro da prisão e da tentativa de Burrows e outros amigos fugitivos, em ajudar Scofield a fugir, ganhou fôlego para a sua última e decisiva temporada.
A 4ª temporada, e última da série, oscila um pouco, mas continua bem interessante. Após a fuga da prisão panamenha, o objetivo agora é recuperar Scylla [uma espécie de hardware, que possui um programa que parece ter soluções econômicas para diversos problemas mundiais, como produção/distribuição de alimentos para resolver o problema da fome mundial, cura para doenças, entre tantos outros benefícios]. Aqui, finalmente, eles enfrentam a Companhia, tal falada nas outras temporadas, mas que mostra a sua "cara" e a sua influência nesta derradeira temporada. 
A série conta com vários personagens cativantes e mesmo aqueles que parecem que nunca vão contar com a nossa simpatia por ter um caráter minimamente dúbio, podem ter seus momentos de bons moços e nos fazer repensar todo o conceito negativo acerca deles. É uma série muito boa. Vale a pena assistir!!

A outra série que vou comentar ainda está em exibição, estando, neste momento, no intervalo da 2ª para a 3ª temporada: "The Good Wife". Tenho que agradecer a Bel [ :****] por ter baixado toda a primeira temporada para mim :) .
Na 1ª temporada, Alicia Florick é uma esposa e mãe dedicada. Ela recebe um duro golpe quando vem à tona um escândalo sexual envolvendo o seu marido, Peter Florick, promotor de Cook County. A série já inicia com a renúncia ao cargo e prisão de Peter, que também foi acusado do recebimento de favorecimentos em virtude do seu cargo. Com isto Alicia vê a sua vida completamente mudada. Vai para outra casa e começa a trabalhar como advogada numa empresa de advocacia, que conta com um antigo affair da época de faculdade, Will Gardner, como sócio.
Cada episódio desta série é um caso no qual a empresa e Alicia estão trabalhando e não traz muita dependência em relação a episódios anteriores, porém, concomitante a estes casos, vemos também a história da reconstrução da vida familiar/pessoal de Alicia, como a tentativa de Peter em demonstrar o seu arrependimento, tentando se reaproximar da esposa e dos filhos. Em relação à vida pessoal dos personagens, os episódios são lineares, seguindo uma sequência e mantendo dependência entre eles.
Na 2ª temporada a tônica é a mesma: casos profissionais independentes e vida familiar/pessoal seguindo a sequência normal e comum às séries [pelo menos dos modelos de séries que gosto de assistir].
Aqui  mostra Peter já livre [fato ocorrido antes do término da 1ª temporada] e em plena campanha para voltar à Promotoria. Alicia tentar se manter afastada desta campanha para se preservar e para não ver seus filhos também atingidos. A reconciliação com o marido ou uma aproximação afetiva com Will Gardner são alguns dos dilemas que ela vai enfrentar até o final desta 2ª temporada.

É outra série que achei bem interessante e que recomendo. Estou aguardando agora a 3ª temporada.

Em breve postarei sobre a 1ª temporada de "Game Of Thrones", da HBO.

Agora sobre dois filmes assistidos nos últimos dias:

Título em português: Meu Malvado Favorito
Título original: Despicable Me
Lançamento: 2010 (EUA)
Direção: Pierre Coffin, Chris Renaud
Gênero: Animação

Após a revelação de que a pirâmide de Gizé havia sido roubada, sendo considerado o roubo do século, Gru [o malvado do título] resolve mostrar a sua capacidade de roubar algo que vai ser considerado o maior roubo da história: a lua. Daí começam as suas desventuras. Ele precisa de um financiamento para bancar o seu projeto, porém por imposição do banco [o Banco do Mal] é preciso que ele roube uma arma que encolhe objetos [é a forma encontrada para o roubo da lua - reduzi-la para poder trazer para o planeta].
Gru, porém, enfrenta a concorrência de outro vilão: Vetor, autor do roubo da pirâmide e filho do dono do banco.
Na disputa pela arma encolhedora, Vetor leva a melhor. Gru, porém, não desiste e tenta invadir a mansão superprotegida de Vetor, não logrando êxito. Entretanto, ele consegue ver 3 garotinhas, que vivem num orfanato, adentrarem a residência do rival para vender biscoitinhos, sem qualquer resistência do mesmo.
Daí surge a ideia de adotar as meninas para usá-las no roubo da desejada arma.
Ele, contudo, não imaginava que a adoção das fedelhas traria significativas mudanças na sua vida.
Mais uma ótima animação e que deve ser assistida. RECOMENDADÍSSIMO!!!



E agora o segundo filme

Título em português: Namorados Para Sempre
Título original: Blue Valentine
Lançamento: 2010 (EUA)
Direção: Derek Cianfrance
Atores: Ryan GoslingMichelle Williams, Faith Wladyka, John Doman.
Duração: 114 min
Gênero: Drama

O filme retrata a história de um casal em meio a uma relação desgastada pelos anos. Esta história é entrecortada por passagens anteriores de suas vidas, mostrando alguns momentos, como um pouco das suas trajetórias, pouco antes de se conhecerem, o dia em que se viram pela primeira vez, como ocorreu a aproximação e o enlace definitivo nas suas vidas. De forma resumida: é a história de dois jovens que se apaixonam, se casam e vêem a sua relação e sentimentos irem se reduzindo com o passar dos anos.
Este desencato é muito mais perceptível na personagem de Michelle Williams, Cindy, que parece ter deixado de nutrir qualquer expectativa na relação, assim como já não parece fazer questão alguma de tentar reacender um sentimento que poderia [ou não] estar adormecido.
Num dos momentos em que ocorrem um dos habituais flashbacks do filme é mostrada Cindy falando do seu sonho em cursar medicina. E, aparentemente, está se encaminhando para isso. Já Dean [Ryan Gosling] parece ter chegado no seu ápice ao ter constituído uma família com Cindy e a filha deles, Frankie. Ele se sente feliz por ter um trabalho em que pode tomar um cervejinha antes de pegar no batente e que recebe seu dinheiro assim que o conclui [ele trabalha como pintor].
Apesar de tudo, Dean ainda parece acreditar naquela estrutura familiar e, ainda que não reclame, no filme é possível perceber que ele ainda tentou fazer algo para mudar um pouco do marasmo [e até mesmo de rejeição por parte da mulher] em que se encontra a relação. Há de se notar também que alguns dos seus hábitos [fumar muito e gostar bastante de beber], além da falta de perspectivas, acabaram por esgotar e cansar Cindy.
Obviamente que quando já não existe a paixão, alguns elementos são fundamentais para que o amor continue sendo alimentado e, notadamente, a admiração pela outra pessoa, ao meu ver, é algo básico neste processo. E isto é algo quase palpável nesta narrativa: Cindy convive com alguém por quem não consegue nutrir qualquer admiração, para justificar, pelo menos, a tentativa de resgatar a sua relação.
Um grande filme, que, diferente da maioria das películas que se baseia na história de casais, este é um antirromance, porém com uma pitada grandiosa de realismo.
Outro ponto alto é a caracterização dos personagens nas transições das cenas. Como não é uma história linear, tendo idas e vindas, mostrando ora o momento atual, ora o passado, os personagens se mostram envelhecidos ou rejuvenescidos na medida certa de acordo com o tempo em que as coisas parecem ocorrer [creio que toda a história ocorra num intervalo de aproximadamente 10 ou 11 anos - idade atual da filha deles].
Bem, as reflexões ficarão ao encargo de cada um, e vai um aviso: qualquer semelhança com a realidade, talvez não seja mera coincidência. Filmaço! RECOMENDADÍSSIMO!!!

14.7.11

Filmes: breves comentários

"Kick-Ass, Quebrando Tudo": este é show de bola. Um garoto comum se questiona porque nenhum de nós, pessoas comuns, resolveu ser um heroi, como ocorre nos quadrinhos. Pois bem, ele não só se questiona como resolve agir. Encomenda sua roupa e se lança no combate ao crime em favor dos fracos e oprimidos. Mas nem tudo é tão simples como pode parecer nos quadrinhos. Só a boa vontade não faz um heroi! Ele, após ter sofrido horrores [e diversas fraturas] na sua na tentativa de impedir um crime, é visitado por um pai e filha que lutam contra o crime [a menina é treinada em tiro e defesa pessoal pelo pai] e, diferente do heroi "amador" mostra grande desenvoltura para enfrentar o crime. Para quem curte filmes baseados em HQ's e não se choca com uma pitada de violência [incluindo aí as sofridas pela jovem heroina] não se arrependerá em assistir. RECOMENDADÍSSIMO!

Os personagens comuns
As mesmas pessoas já
"transformadas"  em herois.


"O Livro de Eli": filme se baseia na história de um homem chamado Eli [Denzel Washington], que carrega um livro raro numa terra apocalíptica. E este livro é o que busca, a qualquer custo, um outro homem, pois, com ele, sabe ser possível "dominar" corações e mentes das pessoas. É.... a vida imita a arte! O filme, ainda que não seja um primor, cumpre o papel de entreter, mas poxa... é triste descobrir no final do filme que Eli tem um "problema" e que tudo que ele fez no decorrer da película parece ser um tanto quanto forçado! Filme mediano.

"Cartas Para Julieta": comédia romântica bem "meia-boca". Sophia viaja com seu noivo para Verona, na Itália. Ela vislumbra a possibilidade de uma lua de mel antecipada, mas ele está mais preocupados com os negócios que pode fazer para o seu restaurante nos EUA. Daí já viu, né? Enquanto ela quer conhecer a cidade, ir nos pontos turísticos com ele, o cara só quer saber de ir para cidades vizinhas procurar bons produtores/fornecedores de vinho e queijo. Sophia conhece um grupo de senhoras que recebem e respondem cartas endereçadas a Julieta, pedindo conselhos à personagem shakesperiana. A carente noiva responde uma destas cartas, que havia sido postada há muitos anos, e para surpresa de todos ela resolve seguir o conselho de Sophia, ou melhor, de "Julieta" para ir em busca do seu amor deixado para trás. Mas o que acontece?? A "tia" não vem sozinha! Está acompanhada pelo seu pedante sobrinho, que vai sendo conquistado pela singeleza de Sophia. Bem, para quem gosta de comédia romântica, aconselho buscar outros títulos. Este não empolga em momento algum, exceto pelas pelas paisagens italianas.

"Tron, O Legado": Kevin Flynn é um gênio da informática e dono de uma grande empresa do ramo. Num belo dia, ele desaparece sem deixar qualquer sinal do seu paradeiro. Seu filho, Sam, que contava com 7 anos à época, herda o negócio, mas não encara com seriedade a empresa. Um dia recebe uma mensagem de texto para ir a determinado local. Ao chegar lá encontra o último trabalho do pai, que o leva o transporta a um mundo completamente tecnológico. Para os que curtem ficção científica, é uma boa pedida. EU RECOMENDO!



"Enrolados": mais uma animação que faz uma adaptação de um clássico infantil: Rapunzel. Aqui uma princesa é raptada, ainda bebê, e mantida numa alta torre por uma vaidosa mulher que se utiliza dos cabelos mágicos da menina para se manter sempre jovial. Tudo vai transcorrendo como deseja a vilã, até que um dia um charmoso ladrão chega à torre que abriga a princesa. Daí se desenrola a aventura, quando, após um acordo, o rapaz promete levar a princesa para ver umas luzes que aparecem todo ano, no mesmo dia [trata-se de pequenos balões que os verdadeiros pais de Rapuzel lança para comemorar o dia do seu aniversário]. Mais uma boa pedida. O aspecto chato para mim são as cantorias que volta e meia aparecem. Se isto pouco contribui para o filme [sou suspeito pois não gosto nem um pouco de musicais], também não é capaz de tornar o filme desinteressante. Vale conferir.

13.7.11

DISCOGRAFIA BÁSICA [02]

Para ouvir enquanto lê:     





Estava devendo mais uma desta série e resolvi falar de um dos álbuns que mais me mexeram comigo ao ouvi-lo. Não, não é exagero: lembro claramente de quando este álbum caiu nas minha mãos, emprestado por um colega de trabalho, no já longíquo ano de 1992. Foi amor à primeira audição. Impacto igual só ao ouvir "Nevermind", do Nirvana, que conheci no mesmo período. Nenhum outro álbum, até hoje, fez o mesmo que estes dois fizeram. O "bolachinha" a qual me refiro é "Out Of Time".

Este álbum, que completou no dia 12 de março 20 anos, catapultou o R.E.M. para o chamado mainstream da música.

Eu sei que não é um álbum de virtuosismos instrumentais, nem de experimentalismos revolucionários, muito longe disto. Mas quem disse que a música é "só" isso? Quem disse que é preciso virtuosismos, experimentalismos ou fórmulas mirabolantes para tocar as pessoas? Talvez para alguns poucos, a música seja isso, mas para mim a música "te pega" de jeito e te diz algo [muitas vezes independente do que o compositor quis dizer - se é que ele quis dizer de fato algo]; por vezes sentimos algo que não dá bem para explicar como e porquê: só sentimos e pronto!

Tudo casa de forma muito harmônica neste álbum; a cada faixa, mesmo que hajam flertes com o rap, com o folk, com o pop altamente grudento, a singeleza de cada arranjo soa divinamente com a maravilhosa voz de Stipe.

DETALHES:



Artista/Banda: R.E.M.
Lançamento: 1991 [atenção neste ano. Foi o melhor!!]
Gravadora: Warner 
Formação: Michael Stipe [voz], Bill Berry [bateria], Mike Mills [baixo] e Peter Buck [guitarra]
Local: Athens, Georgia [EUA]
Destaques: "Losing My Religion", "Near Wild Heaven", "Half World Away", "Texarkana", "Me In Honey" [mas pode ouvir todas que vale a pena! :) ]
Nota: 10,0

12.7.11

Filme, música e a contagiante nostalgia

Dia desses tive o prazer de assistir a mais um belíssimo filme. Num primeiro momento fiquei relutante pois não conseguia lembrar de nada digno de nota estrelado por Owen Wilson. Woody Allen na direção também me pareceu meio assustador, ainda que tenha lembrado do bom "Match Point" e do mediano "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos".
Pois bem, de posse de um comentário positivo e da maravilhosa e certa companhia da minha namorada, decidi-me por assisti-lo. Trata-se do belíssimo "Meia-Noite em Paris".
Não me prolongarei nos comentários quanto ao filme, mas não tenho dúvida de que foi o melhor filme/atuação de Owen Wilson. Foi empatia imediata pelo maravilhoso personagem vivido pelo referido ator. Um homem que parece, muitas vezes, estar vivendo uma época que não é bem a sua. No filme, Gil Pendler [Owen Wilson] está prestes a se casar com Inez [Rachel McAdams] e estão em Paris acompanhando os pais da noiva, já que o pai é um bem sucedido empresário, estando na capital francesa a negócios.
Enquanto Gil tem uma visão romântica da capital francesa, achando, inclusive, que o casal deveria morar lá, sua noiva se mostra um tanto quanto frívola, não demonstrando dar importância aos anseios do sonhador e nostálgico Gil, que idealiza a Paris da década de 1920 como sendo a era de ouro.
Num passeio solitário à noite, o sonho do nosso adorável personagem se realiza: ele é "transportado" à época dourada parisiense e consegue  conviver com personalidades como Picasso, Scott Fitzgerald, Hemingway, entre outros.
Estes passeios noturnos passam a ocorrer diariamente e isso acaba dando um novo rumo a sua vida.

Sem dúvida um filme excelente e que vale a pena ser assistido! RECOMENDADÍSSIMO!!!!!!

E como o assunto tem a ver com nostalgia, lá vou eu. Sempre fui encantando com algumas coisas da década de 60, principalmente no que diz respeito às manifestações culturais e políticas. Só para colocar as coisas em ordem: para mim a década dourada da música foi a década de 1990 [principalmente os 5 primeiros anos], mas sou meio nostálgico por aquele clima dos anos 1960 a 1970 [ainda que não os tenha vivido].

Nesta toada, lembrei-me de uma música que conheci através dos Ramones, posteriormente gravada pelos Raimundos: "Needles and Pins". Pelas informações que encontrei ela foi originalmente gravada por The Searchers. Abaixo os clipes desta deliciosa música, com Ramones, Raimundos e The Searchers [em 1964 - fiquei emocionado vendo o clipe - e em 2009].
Tudo bem, eu sei que é uma overdose, mas só assim para aplacar [ou seria alimentar?] um pouco da minha sensação! :)

 The Ramones


Raimundos


The Searchers - 1964


The Searchers - 2009

9.1.11

Cinefilia II

Continuanda a saga dos filmes assistidos em 2011, que podem ser visto sob o marcador: Cinefilia 2011.


Filme 3 -> "Leaves of Grass". Comédia/Drama. 2009. Filme dirigido por Tim Blake Nelson [que participa do filme vivendo o personagem Bolger]. Edward Norton é um nome que normalmente já me deixa tentado a assistir a um filme do qual ele faça parte. E o melhor é que neste filme ele aparece em dose dupla. "Leaves of Grass" gira em torna da relação dos gêmeos Bill e Brady Kincaid entre eles e de ambos com a mãe. 
Enquanto um continua morando na mesma cidade onde nasceu e cresceu, tornando-se um traficante que produz uma forte espécie de maconha, cultivada em casa, o outro praticamente renega a família e se muda buscando novos horizontes, se tornando um bem sucedido professor universitário. E, desde a sua saída deste última da cidade, não mais fazia qualquer contato com os familiares que ficaram para trás. Até que recebe uma ligação que fala da morte do seu irmão e ele acaba retornando à cidade para o funeral do mesmo. Mas eis que uma surpresa e alguns reencontros mudam a sua vida e a forma de encarar as coisas. Mesmo não sendo genial, é um filme que vale a pena ver: RECOMENDADO! 



Filme 4 ->  "Onde Vivem os Monstros" [Where the Wild Things Are]. Drama/Aventura. 2009. Dirigido por Spike Jonze, esta adaptação do livro infantil homônimo, mostra uma criança [o personagem Max] com características comuns como rebeldia e egocentrismo. Num desses momentos de rebeldia, já que buscava chamar a atenção da sua mãe [que recebia a visita de uma pessoa]; sendo repreendido por ela, Max sai correndo de casa, até parar num local em que encontra um barquinho. Ele sobe na embarcação e aí começa a sua jornada, indo parar numa ilha. Lá ele vê alguns monstros, sendo o único humano, e começa a se relacionar com eles. Logo é aclamado rei e tenta desempenhar esse papel.
Interessante é que os personagens tem características bem definidas, sendo Carol [nome de um deles], o que tem características mais parecidas com a de Max [tendo, talvez por isto, a maior simpatia de Max].
As relações "pessoais" e o amadurecimento [conforme sugerido pela crítica] são temas latentes e abordados pela obra. Um filme que parece ser para o público infantil, mas que, pela sutil inteligência, é capaz de agradar bem mais ao público adulto.
Nota: a última cena, que mostra Max deixando a ilha levaram às lágrimas eu e meu filho, Mateus [7 anos]. A bem da verdade ele não assistiu ao filme todo, vendo apenas alguns trechos, como o que acabei de citar. Penso ser uma pedida muito boa! RECOMENDADO!


Filme 5 -> "72 Horas" [The Next 3 Days]. Ação/Suspense. 2010. Filme dirigido por Paul Haggis, começa com uma cena em que Russell Crowe está com o rosto manchado de sangue e na qual ouvimos uma voz, que não sabemos ser a dele [um pensamento, portanto] ou de outra pessoa dizendo estar ficando sem fôlego e pedindo para ir para um hospital A cena é cortada para 3 anos antes. Daí o que vemos é uma família feliz: John [Crowe], Lara [Elizabeth Banks] e o seu filho tomando café, tirando foto e conversando sobre coisas cotidianas, tudo num clima de amor e felicidade. Esta paz é interrompida com a chegada da polícia, que prende Lara, acusando-a de homicídio. 
A narrativa segue de modo linear, mostrando as tentativas legais de reverter a situação, haja vista Lara ter sido condenada pelo crime do qual foi acusada. Após mostradas algumas situações como as tentativas frustradas, as visitas à esposa e mãe [pelo marido e filho] e o cotidiano de um pai que tenta cuidar do seu filho, sem, de qualquer modo, desistir da sua esposa. Novo "corte" para 3 meses antes da cena inicial e aí já mostra um John coletando informações e criando um plano para tentar tirar a sua mulher daquela situação. Ao saber que ela será transferida para uma outra prisão, as medidas desesperadas, porém já estudas, começam a ganhar corpo e aí entra a parte da ação do filme.
Houve um momento em que achei que o filme poderia ter sido mais conciso após a prisão de Lara, mas percebo que o clima para justificar as atitudes e para mostrar o preparo e estudo de John estava sendo criado por Haggis. Mas afirmo que nem esta sensação seria capaz de não indicar esta película. Portanto RECOMENDADO!

7.1.11

Religiões: um mal necessário?

Eu, que tenho me posicionado como um ateu há alguns anos, gosto de conversar sobre religião, ainda que para muitas pessoas com quem converso, isto seja algo infrutífero. Ainda assim, acho que podemos ouvir as opiniões e pensar sobre elas posteriormente.

E dentro deste tema, fui presenteado, há algum tempo, por minha namorada [valeu, minha gata :*] com duas obras, cujas leituras estão entre os meus objetivos para o ano de 2011: "Deus, Um Delírio", de Richard Dawkins, que conclama a uma reação contra a crescente onda de imposição religiosa que assola os tempos atuais, e seu contraponto "O Delírio de Dawkins", de Alister McGrath, em que o autor busca combater os argumentos de Dawkins, onde tenta desqualificar os argumentos utilizados por aquele.

Assim que lê-los tentarei colocar aqui as minhas impressões sobre os mesmos. Por ora, manifestarei apenas o meu desapreço cada vez maior por esta obrigatoriedade de se vincular a uma religião para ser benquisto socialmente como alguém respeitável e com bons valores morais verdadeiramente edificados.

É como se só conseguisse entender, respeitar e se vincular moralmente aos valores basilares de uma sociedade os que professem alguma religião.

Entendo que o temor a qualquer deus não seja obrigatório para entender quais são os valores que norteiam uma sociedade. Penso que uma educação que seja baseada em virtudes, possa ser capaz de moldar o comportamento de qualquer pessoa. O grande entrave, no entanto, é o fato de já vivermos numa sociedade, que mesmo pregando a sua fé na existência de um deus [e no caso específico da sociedade brasileira, no deus judaico-cristão], é extremamente corrupta.

A verdade é que eu que já não acredito em nenhuma força extraterrena [exceto as físicas] também já estou cansado desta hipócrita sociedade "espiritualizada". Até acho que numa sociedade cada vez mais decandente, em termos de valores, como a nossa, os entraves que as pessoas possam encontrar para refrear seus ímpetos de cobiça e egoísmo extremos são necessários. Entraves como as leis [e percebam que nosso país deve ser dos que mais produzem leis no mundo] e as religiões passam a ser aliados para tentar impregnar um pouco de temor nas pessoas, tentando fazer com que sejam um pouco mais comedidas nas suas ações.

O que importa, para mim, ao final disto tudo, é que as religiões só se mostram necessárias por conta das degradantes sociedades nas quais elas estão inseridas. E, paradoxalmente, quanto mais degradado e miserável um povo ou nação, provavelmente, mais religiões e seguidores "fieis" elas terão.

6.1.11

Cinefilia I

Este ano vou tentar bater todos os meus recordes de filmes assistidos: filmes num dia, numa sequencia non stop e em quantidades. E quero listar todos eles aqui no blog. Espero assistir, pelo menos, uns 150 filmes. Para poder acompanhar esta saga, criei o marcador [lá no final da página] Cinefilia 2011. E já vou começar com dois, que acho boas pedidas:


Filme 1 -> "Na Natureza Selvagem" ["Into The Wild"]. Drama. Filme lançado em 2007, com direção e roteiro de Sean Penn, baseado no livro homônimo do jornalista Jon Krakauer, este filme, baseado num fato real, conta a história de Christopher McCandless, um jovem recém-formado, que resolve abandonar tudo por não se conformar em estar rodeado de vidas baseadas em mentiras, principalmente a relação de seus pais e numa sociedade extremamente materialista. Chris McCandless, um jovem idealista, tem como referência escritos de Thoreau, Tolstoi e Jack London. Por mais louca que a ideia possa parecer para todos nós, extremamente apegados a uma ou outra coisa, o jovem aventureiro fascina pela crença na possibilidade de se "descobrir" desapegando-se dessa vida de consumo , isolando-se desta sociedade de aparência, em busca da verdade e da felicidade, como viviam os nossos ancestrais: em pleno contato com a natureza.

O filme pode nos remeter a reflexões acerca das coisas que valorizamos na vida e é, para mim, uma verdadeira lição. Deixo, para encerrar, uma das frases escrita por Chris num dos livros que ele lia: "a verdadeira felicidade só é real, quando compartilhada". Filme RECOMENDADÍSSIMO!


Filme 2 -> A Vila" ["The Village"], Suspense. Lançado em 2004, tem direção de M. Night Shyamalan, é um filme que conta com boas atuações e um roteiro bem escrito. A história se desenrola numa vila, onde vive um grupo [talvez umas 60, 70 pessoas ao todo] que fez a opção de viver isolado do mundo, em harmonia, sem dinheiro,e repartindo todo o alimento que produzem. A liderança deste grupo se dá por meio de um Conselho de Anciões, que é formado por algumas das pessoas mais antigas e experientes desta vila.
O lugar é cercado por um bosque, onde vivem estranhas criaturas chamadas pelo moradores de "Aqueles a Quem Não Mencionamos". Para que a coexistência seja pacífica, foi feito um pacto, onde os moradores não cruzam as fronteiras do bosque, tampouco as tais criaturas adentram a vila.
Muito mistério e certa dose de suspense dão o tom para o desenrolar do filme. Película RECOMENDADA!.