Eu, que julgava impossível uma derrota de ACM e seus comandados, fiquei surpreso com o resultado das eleições aqui na Bahia!
A derrota de Paulo Souto/PFL, o candidato a reeleição para o governo do Estado, foi, ao meu ver, uma agradável e necessária mudança e um fim ao carlismo. Se esta mudança é apenas temporária, isto só a gestão petista, que se iniciará pela primeira vez na história do governo estadual baiano, dirá!
O fato é que, em outras eleições, a capital baiana dava indicios da possível mudança dando sucessivas vitórias a candidatos de oposição ao governo carlista, como a derrota do mesmo Paulo Souto/PFL para Nelson Pelegrino/PT na corrida ao Governo do Estado ou a derrota de ACM para o Senado ficando atrás de Waldir Pires/PT; o que salvou a ambos [Souto e ACM] foi a expressiva votação no interior. Vale lembrar também a recente derrota na tentativa de sucessão à prefeitura de Salvador, quando João Henrique/PDT venceu César Borges/PFL de forma acachapante no 2º turno.
Vendo os números deste ano, é possível perceber que esta situação vem se confirmando e, pasmem, se ampliando para o interior do estado, onde o PFL [e seus aliados] devem possuir mais de 85% das prefeituras [tendo portanto a famigerada máquina administrativa a seu favor, em tempos de eleições].
Em Salvador a oposição a ACM continua forte [como já é de praxe], senão vejamos:
Governador:
Jaques Wagner/PT - 56,71%
Paulo Souto/PFL - 34,15%
Senador:
João Durval/PDT - 51,96%
Imbassahy/PSDB - 30,33%
Rodolfo Tourinho/PFL - 16,14%
No segundo maior colégio eleitoral da Bahia, o município de Feira de Santana [a Princesa do Sertão], Wagner também conseguiu vencer [53,03% a 39,89%] e João Durval teve uma vitória ainda mais expressiva sobre os outros dois candidatos alcançando 66,60% dos votos válidos [contra 23,67% de Tourinho e 9,20% de Imbassahy].
Torçamos agora para que a oposição faça jus ao crédito dado pela população e mantenha a sombra carlista distante por um longo tempo!
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