23.6.10

O controle [ou da série: A vida como ela é!]


Controle. O que vem a ser isso, que, de modo insistente, costumamos dizer ter, fazendo com pareça termos um maior domínio das ações nas nossas vidas?


Carrego há tempos a sensação de que somos responsáveis por nossos atos e que quase a totalidade das decisões que tomamos é de foro íntimo. Porém sei que fatores externos podem fazer com que as nossas decisões sejam diferentes das que tomaríamos em situações normais.

Por discutir muito sobre isso com a minha namorada, vou direcionar isto para o campo das relações humanas.

O controle que temos para afastar outra pessoa que se mostra interessada é possível até o momento em que não começamos a ter nossa percepção alterada por um interesse surgido da nossa parte. O problema é que sempre maximizamos a nossa capacidade de dar um basta a qualquer momento ou se for atingido determinado limite.

Mas será que isto deixa o nosso parceiro numa zona confortável de segurança? Eu não me sinto. Creio que o parceiro só vai se sentir seguro, quanto mais "rasteiro" for esse limite para que o seu amado tome as devidas providências quanto a rechaçar qualquer possiblidade de aproximação de outro.

Muitas vezes não levamos em conta que estamos lidando com a capacidade de terceiros de nos fazer mudar de opinião, de quebrar alguns "protocolos", de nos deixar interessado... muitas vezes pagamos para ver!

Não vejo problema se é isso que a pessoa quer para si, ou caso não tenha o compromisso explícito ou mesmo velado na relação, ou, ainda, se a cabeça está trabalhada para o que der e vier, pronta para assumir qualquer consequência.

O problema é quando cedemos a questões momentâneas [e quem não está sujeito a isso?]. A vida é feita de momentos [marcantes] e por vezes outra pessoa pode nos proporcionar momentos melhores do que os que o nosso parceiro nos proporciona. Quem vive uma relação longa sabe bem o que é isso.

E está "errado" seguir esses impulsos? Não creio. Só temos que ter a certeza de que estamos tomando um decisão e que ela vai nos levar a algum resultado.

Defendo que não devemos ser racionais o tempo todo, mas eu carrego algo comigo: a de tentar não provocar dor, sofrimento, nas pessoas por quem tenho apreço. Infelizmente nem sempre consigo. Mas assim é a vida.

2 comentários:

Mabel Fernandes disse...

Primeiro: Novo visual hein? adorei a cor... a cor da paixão, do amor! [na verdade, vermelho pra mim é a cor da intensidade].

Agora vamos ao texto. Poxa, acredito de verdade que não somos levados por uma correnteza; temos controle sim [apesar de não achar que ele seja pleno]. Acho muito fácil se eximir da parcela de culpa e dizer "aconteceu", "me deixei levar", "me envolvi" como se isso tudo não fosse resultado de escolhas, muitas vezes pequenas, que levaram aquela pessoa até aquele ponto.

Somos responsáveis por nossas atitudes, e acredito que algumas coisas externas podem influênciá-las, porém precisamos sempre tomar o máximo cuidado pra evitar esse tipo de influência [e há mecanismos para isso].

Hoje mais que nunca sei que é de extrema importância criar barreiras e mecanismos para que certas decisões sejam tomadas apenas com os fatos pertinentes À ela; nada de envolvimento de uma terceira pessoa, que pode infelizmente redimensionar a relação atual para algo altamente negativo...podendo inclusive apagar tudo de bom que possa ter acontecido até ali.





muito gostoso ver que está atualizando o blog. A minha "desculpa" já sabe né? "monografia" :P

beijos,
Bel

PS: como é gostoso, mesmo depois de 3 anos e meio, ver falar "minha namorada".

TE AMO!

Unknown disse...

Obrigado, MINHA NAMORADA... Creio que as cores representem bem o momento que vivo e acho que, mais uma vez, acertou na mosca: acho que é a cor da intensidade, mas, no caso, da re-paixão com intensidade.

Não somos, de fato, levados por uma correnteza e desculpas que visem eximir a nossa responsabilidade, só servem para tentar enganar os outros e nos convencer de que fizemos o que tínhamos de fazer, o que era melhor, inevitável.

Creio que é fundamental que saibamos exercer o controle em determinadas situações, antes mesmo de vermos que temos a necessidade urgente de fazê-lo. Se vou agir sempre assim: não sei. Mas sei que se não queremos correr riscos para coisas que não achamos que seja legal, melhor não "pagar para ver".

Quando estas escolhas tem a "participação" de terceiros ou melhor, de sentimentos, desejos, por outra pessoa] tanto mais fácil será que o controle já tenha sido perdido. Sem dúvida, a possibilidade de uma decisão diversa da que se teria em situação normal, já fica comprometida.

Por fim, quanto à mono, não me preocupo, pois o prazo dela está acabando. Estou aguardando este dia.

Valeu pelo comentário. Beijo.