Será que é preciso que as coisas precisem acontecer diretamente conosco para entendermos de fato o significado delas?? [Lógico que entendo que nada como o empirismo para podermos abstrair uma experiência em sua totalidade - o que depende também da pessoa que está vivenciando-a]
Caraca! Tem muita coisa errada nesta merdinha de país!
Estive lendo que um projeto de redução da maioridade penal passou na Comissão de Constituição e Justiça do Senado [presidida pelo "impoluto" Senador Antônio Carlos Magalhães]. O Antro, digo melhor, Congresso Nacional na figura do referido senador diz que os parlamentares estão atendendo a um anseio popular quando promovem a busca de aprovação de um projeto com grande clamor. É certo que, motivado pelo ocorrido com o menino João Hélio, e a forte comoção que causou em todos devido a violência do fato, que desejamos ver aqueles monstros severamente punidos. É natural! E não importa se são inimputáveis penalmente ou não [devido a não terem ainda a maioridade penal].
Não me coloco aqui de forma contrária a que um jovem de 16 anos sofra os rigores da lei, mas acho hipocrisia demais dos nossos legítimos "representantes" virem à cena neste momento parecende estar fazendo a parte deles para a diminuição da violência que assola a nossa republiqueta! Não tenho dúvida de que isto não trará melhora alguma na diminuição dos elevados índices de criminalidade; creio que enquanto estivermos amargando esta posição de país de grande desigualdade social [parece-me que o Brasil é o 2º no mundo], aliado aos altos índices de impunidade [reforçada principalmente nos exemplos que vimos quase diariamente nas camadas mais abastadas da nossa população - inclua-se aí, é claro, parlamentares, juízes etc].
O que é pior para mim, nisto tudo, é a sensação pessoal de que não há mais solução para nossa nação!! :( Por mais que eu me esforce para acreditar e não querer desistir nunca [não é isto que o pizzaiolo-chefe, o presidente Lula, quer nos fazer crer]!
Aguardemos pra ver onde isto vai dar! Triste nação! :(
2 comentários:
vamos logo ao x da questão, na minha opinião: o que vai mudar diminuindo a menoridade penal? ao meu ver, NADA! quer dizer, o que pode mudar é o seguinte: teremos cada vez mais criminosos com 15, 14, 13 anos...
o que está acontecendo é a mudança de foco. O assunto precisa ser sim debatido, mas por um outro ângulo! O que deveria haver é a discussão do que pode e deve ser feito para diminuir a criminalidade, não só entre menores, mas de uma maneira mais ampla.
Chega de manobrar a população com doses homeopáticas de soluções. Quando se trata de segurança, sou a favor de uma interferência severa do Estado.
Chega de pagar uma altíssima carga de impostos e simplesmente não ter garantido nenhum direito [seja saúde, segurança e principalmente EDUCAÇÃO].
inclusive, essa sim deveria ser uma discussão constante: A PÉSSIMA EDUCAÇÃO NESSE PAÍS DE M****! melhor, acho que chega de discutir, não? já passou da hora de começar a agir, porque é cansantivo e desgastante esse lero-lero, que obviamente não muda e nem transforma nada.
Hum... acho que você tocou em dois pontos-chave:
1. interferência do Estado;
2. educação.
Creio que o Estado, no nosso atual estágio de [sub]desenvolvimento, deve estar presente nas mais diversas áreas, como saúde, segurança, educação, habitação, e em todas as demais que possam assegurar uma melhor condição de vida aos habitantes desta nossa republiqueta! Um Estado que não queira interferir só poderia se dar este luxo quando já não existisse problemas tão grandes como os que encontramos aqui.
E o segundo tópico creio que seja uma conseqüência do primeiro. Nenhuma revolução poderá vingar sem que haja uma revolução educacional! O maior exemplo, ao meu ver, é a simples constatação de que não há um país tido como desenvolvido em que os índices de analfabetismo tendam a zero e que tenham um respeitável sistema educacional.
A solução da qual trata o post é, como você bem falou, mais uma dose homeopática de ENGANAÇÃO [ou seria, na verdade, uma dose cavalar mesmo?]. Até porque isto não modificará em nada os nossos fossos sociais [cada vez maiores].
Valeu, Bel... beijo!
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