4.10.10

A vida imita a arte [ou Das Ironias da Vida]

Quem me conhece sabe que um filme que acabe de forma surpreendente pode ganhar alguns pontos comigo. É óbvio que eu já me traí e algumas vezes senti certa frustração por não ver tudo acabar bem, como é a praxe nas películas, se bem que no momento não lembro de nenhum filme em que eu gostaria de trocar o final só por todos não terem ficado "felizes para sempre". 

Vou comentar agora sobre um filme que acabei de assistir: "Jogando Com Prazer", com Ashton Kutcher e Anne Heche, para, em seguida, falar das minhas impressões da vida.
Jogando com Prazer[3]

Confesso que inicialmente estava meio reticente quanto ao filme, mas como já há algum tempo a sétima arte ocupa o primeiro posto entre os meus hobbies, resolvi dar uma chance.

A história é meio clichê: trata-se do estilo de vida de um jovem bonito e sedutor [Kutcher], que vive em Los Angeles, e vai tentando se dar bem, conquistando mulheres, e usufruindo das boas coisas materiais que essas relações podem proporcionar. Logo de cara ele adentra uma mansão, onde está ocorrendo uma festa, e nela conhece uma garota [Heche], a quem tenta [e consegue] seduzir, terminando a noite na casa dela.

Daí ele permanece nos dias que se seguem na casa, buscando conquistar a confiança dela. Consegue o seu intento e começa a tirar proveito, como dar uma festa na casa [aproveitando uma viagem da anfitriã], passeando com o carro dela, etc.

Até que ela descobre que o seu príncipe encantado é, em verdade, um conquistador e que busca auferir vantagens não tão "nobres" da relação. Vale ressaltar que nesse ínterim ele conhece uma pessoa, numa lanchonete, por quem ele começa a se encantar. Pararei por aqui, para que isto não vire um spoiler, afinal não quero estragar a diversão de ninguém, caso queira[m] ver o filme.

O que importa é que nem tudo acaba de forma tão "perfeita" assim, como muitas vezes ocorre na vida. Por vezes somos obrigados a tomar decisões de acordo com o que privilegiamos [e são nos momentos em que somos obrigados a decidir é que talvez passemos a ter a noção do que cada opção significa de modo global dentro da nossa vida - como um todo, eu digo]. 

Interessante [ou seria irônico?] é que nem sempre isto significa escolher exatamente o que imaginamos nos fazer mais feliz. Mas hoje penso que talvez isto possa ser apenas a visão aparente e imediata da situação, já que a longo prazo possivelmente teremos ganhos com uma decisão que tomamos, ainda que num primeiro momento pareça ser o contrário, afinal ninguém vai decidir por algo que saiba ser o pior.

Fica a recomendação do filme, principalmente pelas decisões pessoais dos protagonistas. E, como falei no início, pelo fato de reproduzir que nem sempre é possível ser afortunado no amor, quando outras coisas precisam ser ponderadas. Vai o que é mais importante para cada um.

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